Rebeca Andrade brilha em Paris e conquista ouro no solo
Ginasta se consagra como maior medalhista olímpica do Brasil ao alcançar o sexto pódio de sua carreira
Na manhã desta segunda-feira (5), Rebeca Andrade se consagrou como a maior medalhista olímpica da história do Brasil ao conquistar o ouro na final do solo nas Olimpíadas de Paris 2024. A vitória veio após um dia de emoções intensas para a ginasta, que havia ficado fora do pódio na final da trave, mas se recuperou para entregar uma apresentação impecável no solo, garantindo o título olímpico. A americana Simone Biles, grande rival de Rebeca, cometeu erros de execução e ficou com a prata, enquanto sua compatriota Jordan Chiles levou o bronze.
A final do solo
Rebeca Andrade enfrentou um grande desafio ao retornar ao tablado pouco tempo depois de sua performance na trave. A ginasta, que já passou por três cirurgias no joelho, entregou uma apresentação tecnicamente complexa e artisticamente impactante. Com notas altas nas acrobacias e uma execução praticamente perfeita, Rebeca encantou os juízes e o público na Bercy Arena, somando 14,166 pontos, o suficiente para levar o ouro. Esse foi o quarto pódio da atleta em Paris 2024, somando-se às pratas no salto e no individual geral, além do bronze por equipes.
A apresentação de Rebeca no solo foi marcada por uma combinação de força, técnica e criatividade. A ginasta iniciou sua série com “End of Time”, de Beyoncé, e seguiu com uma sequência de movimentos que incluíram o Tsukahara grupado e esticado, além de uma pirueta cadete e o giro Mustafina. Em um momento especial, Rebeca repetiu o icônico passo de dança que havia encantado o mundo em Tóquio 2020, agora ao som de “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta. Sua precisão e expressividade garantiram uma pontuação alta e a medalha de ouro.
Com o ouro no solo em Paris, Rebeca Andrade ultrapassou os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, tornando-se a maior medalhista olímpica do Brasil. Ao todo, a ginasta acumula seis medalhas em duas edições dos Jogos Olímpicos, incluindo o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio 2020. Essa conquista solidifica ainda mais o legado de Rebeca no esporte brasileiro, sendo reverenciada tanto por sua técnica quanto pela capacidade de superação.
Possível despedida do solo
A vitória em Paris pode marcar o fim das apresentações de Rebeca Andrade no solo, uma vez que a ginasta tem considerado abandonar essa prova devido ao desgaste físico que ela impõe aos seus joelhos. No entanto, após uma performance tão brilhante, ainda existe a possibilidade de Rebeca repensar essa decisão e continuar a competir no solo. Se esse foi realmente o seu adeus à prova, Rebeca o fez da maneira mais grandiosa possível.
Créditos na imagem: Leandro Couri/EM/D.A Press