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Foto: Nanah D’Luize

Breaking: a dança que ecoa nas ruas

Nas vielas urbanas, onde o concreto guarda segredos, nasce o Breaking, uma dança que pulsa nas veias das metrópoles e transcende os limites do convencional.

 

Por: Marcelo Rebello

 

Originado nos guetos, o Breaking é muito mais que acrobacias impressionantes e movimentos ousados; é uma manifestação cultural que encontra sua autenticidade nas raízes das comunidades marginalizadas. Nas ruas esquecidas, onde a resiliência é uma tônica, a modalidade se torna uma expressão artística, contando histórias periféricas de luta, superação e identidade.

O Breaking é um dos quatro elementos fundamentais da Cultura Hip-Hop e os B-Boys e B-Girls (como são chamados os praticantes dessa dança) se tornaram verdadeiros “embaixadores das ruas”, onde, por meio de cada giro, cada passo e cada performance encontraram sua própria maneira de expressar uma narrativa que contesta e desafia as normas sociais e revela a criatividade que floresce nas adversidades periféricas de cada canto do planeta.

Não é apenas uma expressão única de movimentos peculiares, pois o Breaking se trata de uma resposta cultural às demandas das comunidades esquecidas, uma celebração da autenticidade que ressoa em cada batida que sai das mãos mágicas dos DJs riscando seus toca-discos, num frenesi urbano que une corpo, mente e alma.

É um testemunho da vitalidade cultural que emerge das ruas. Das vielas escuras, dos becos e valados para as luzes dos palcos. É uma voz que ecoa histórias não contadas das comunidades urbanas, uma maneira de ressoar, ao som dos breakbeats, sua forma de expressar na dança tudo o que sentem nas ruas que, carinhosamente, chamam de lar.

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