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Foto: Nanah D'Luize

Breaking: transformação em esporte competitivo

A dança que nasceu nas ruas agora é esporte e desafia limites

Por: Marcelo Rebello

Já não é novidade para uma grande parcela da sociedade que o Breaking, dança que faz parte da Cultura Hip-Hop, nasceu nas ruas como uma vibrante forma de expressão, e de alguns anos para cá está vivendo uma grande transformação ao ser reconhecido como um esporte competitivo e mais: um esporte olímpico.

Quem diria que a dança improvisada nas ruas do Bronx, bairro pobre de Nova Iorque, nos Estados Unidos, iria ganhar o mundo e se destacar nos palcos ao redor do mundo, com critérios de avaliação formalizados e regras definidas?

Pois é. Essa evolução não apenas solidifica o Breaking como uma disciplina atlética de alto rendimento, mas traz consigo o desafio de ser um esporte sem perder a sua essência e autenticidade, transcendendo fronteiras e quebrando barreiras culturais, mesmo diante das novas exigências competitivas.

Os B-Boys e B-Girls, antes apenas dançarinos, agora se tornaram atletas. E isso traz consigo a necessidade de adaptação a uma nova realidade: treinos mais intensos, nutrição equilibrada, prevenção de lesões e outros recortes.

Enfrentar esses desafios para moldar um futuro que possibilite a formação de uma nova geração de atletas conscientes de que seu papel de representar sua cidade, estado ou país nas competições não é sua única missão, mas também preservar o que faz o Breaking ser o Breaking: a alma, a musicalidade que nasce na improvisação de uma cultura de rua que resiste e contesta por meio da dança.

Esta transformação de dança e arte a esporte competitivo não apenas vai elevar o Breaking a novos patamares, como também vai inspirar uma nova geração de dançarinos-atletas que desafiam seus próprios limites e transcendem expectativas. É um novo olhar, redefinindo significados e trazendo novas reflexões: até onde um ‘breaker’ pode chegar?

 

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