Talisson Glock conquista o bicampeonato paraolímpico na natação em Paris

O Brasil conquistou outras medalhas no judô, atletismo, halterofilismo e também com outros nadadores

Talisson Glock foi o responsável por trazer a medalha de ouro no nono dia de disputas das Paraolimpíadas de Paris 2024. O nadador quebrou o recorde do continente americano nos 400m livre na classe S6, com o tempo de 4min49s55. O italiano Antonio Fantin ficou com a medalha de prata com 4min49s99, e o bronze foi do mexicano Jesus Alberto Gutierrez Bermudez, com 5min07s00. O brasileiro já havia conquistado a prata nos 100m livre, bronze nos 200m medley e no revezamento 4x50m livre 20 pontos.

Atualmente, o nadador soma 9 medalhas paralímpicas, sendo duas de ouro, três de prata e quatro de bronze, conquistadas nas últimas Paraolimpíadas que competiu: Paris 2024, Tóquio 2020 e Rio 2016. Para encerrar sua participação em Paris, ele competirá no revezamento 4x100m livre misto pela equipe brasileira, com a prova marcada para sábado (7), às 15h34 do horário de Brasília.

Além deste resultado, o judô, o atletismo, o halterofilismo e a natação brasileira obtiveram outras medalhas:

Natação

Gabriel Bandeira também teve destaque e ficou em segundo lugar nos 100m costas masculino S14. Ele marcou um novo recorde americano com o tempo de 58s54, ficando apenas atrás de Benjamin Hance (57s04), australiano, e à frente do britânico Mark Tompsett (59s21).

Em outras categorias da natação, os atletas alcançaram novos marcos: Samuel de Oliveira (50m borboleta S5) ficou em quarto lugar entre os homens, com 32s33, e Estefhany Rodrigues se classificou na oitava posição entre as mulheres, com 50s02. As medalhas de ouro ficaram com atletas da República Popular da China: Guo Jincheng no masculino e Lu Dong no feminino, ambos com recorde mundial.

Nos 100m costas feminino S14, Ana Karolina Oliveira ficou na sétima posição com o tempo de 1min10s70. Por fim, nos 50m livre feminino S4, Lídia da Cruz até bateu em segundo na chegada da prova, mas a brasileira foi desclassificada por queimar a largada. Patrícia dos Santos, outra atleta do Brasil na disputa, foi quarta colocada com 41s75. O ouro foi da norte-americana Leanne Smith, que estabeleceu o recorde mundial com 40s03.

Judô

A brasileira Alana Maldonado também conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos Paris 2024 ao vencer Wang Yue, da China, por ippon na final da categoria até 70kg da classe J2. Alana dominou a luta com um waza-ari aos 36 segundos, utilizando a técnica tani-otoshi, e selou a vitória com outro waza-ari, aplicando um sasae-tsurikomi-ashi, em pouco mais de dois minutos. Esta foi a segunda final brasileira no judô no nono dia dos Jogos, onde Brenda Freitas, na categoria até 70kg da classe J1, ficou com a prata após ser superada pela chinesa Liu Li.

Atletismo e halterofilismo

No atletismo, Antônia Keyla Barros ganhou o bronze nos 1.500m T12, e Izabela Campos ficou em sexto lugar no arremesso de peso F12 com 9,91m. No halterofilismo, Maria de Fátima Castro obteve o bronze na categoria 67kg. Além disso, Ana Paula Marques foi a oitava no 61kg, Ezequiel Correa terminou em oitavo no 72kg, e Aílton Bento de Souza ficou em nono no 80kg.

Foto: Marcello Zambrana/CPB

Paraolimpíadas: em mais um dia de muitas medalhas, Carol Santiago comemora o 10º pódio

Os atletas brasileiros obtiveram cinco medalhas no Goalball, judô e natação

 

Maior medalhista de ouro brasileira em Paraolimpíadas, Carol Santiago, nadadora dos 100m peito SB12, se despediu das piscinas em Paris com o tempo de 1min15s62 e a conquista da medalha de prata na Arena La Défense, sua décima no total. Agora, a pernambucana tem seis ouros, três pratas e um bronze em Jogos, quinta atleta com mais pódios na história do país, atrás de Daniel Dias (27), André Brasil (14), Clodoaldo Silva (14) e Ádria Santos (13). Além desta conquista, o Brasil conquistou mais quatro medalhas. Confira como foi as conquistas no dia 05 de setembro:

Natação

Além da grande conquista da Carol, o catarinense Talisson conquistou a medalha de prata nos 100m livre S6 (limitação físico-motora) com o tempo de 1min05s27. O ouro foi para o italiano Antonio Fantin, com o tempo de 1min03s12, novo recorde paralímpico. O bronze ficou com o francês Laurent Chardard, com o tempo de 1min05s28. Na mesma prova, fluminense Daniel Xavier Mendes terminou em 6º lugar, com o tempo de 1min07s58.
A potiguar Cecília Araújo, tricampeã mundial nos 50m livre da classe S8 (limitação físico-motora), conquistou a medalha de prata com o tempo de 30s31. O ouro ficou com a britânica Alice Tai, que fez 29s91. Viktoriia Ishchiulova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), conquistou o bronze. Na mesma prova, a paranaense Vitória Ribeiro terminou a distância em 33s51, na 11ª posição, e o paulista Gabriel Melone, ficou em 10⁰ (1min11s75) e não avançaram à decisão.

Goalball

A Seleção Brasileira masculina de goalball conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris. O Brasil venceu a China por 5 a 3, na disputa pelo terceiro lugar no Centro de Convenções da Porta de Versailles. É a quarta medalha paralímpica do Brasil no goalball masculino, a quarta seguida e a segunda de bronze. O país foi prata em Londres 2012, bronze no Rio 2016 e ouro em Tóquio 2020.
Já a Seleção Brasileira feminina de goalball perdeu para a China por 6 a 0 na disputa pelo bronze no Centro de Convenções da Porta de Versailles.

Judô 
A potiguar Rosicleide Andrade conquistou a primeira medalha para o judô brasileiro em Paris ao vencer a argentina Rocio Ledesma Dure na disputa do bronze pela categoria até 48kg da classe J1. A brasileira venceu com um ippon após estar vencendo por um waza-ari. A judoca é estreante em Jogos e conquistou sua primeira medalha na competição.

Confira os todos os resultados definidos neste dia:

Atletismo – Local: Stade de France
Marivana Oliveira – arremesso de peso (F35) – 8ª colocada
Julyana Cristina da Silva – arremesso de peso (F57) – 6ª colocada
Alessandro Silva – lançamento de disco (F11) – 5º colocado
Jessica Giacomelli – 400m (T54) – não se classificou para a final

Ciclismo de estrada – Local: Clichy-sous-Bois
Jady Malavazzi – percurso – H1-4 – 6º lugar
Mariana Garcia – percurso – H1-4 – 14º lugar
Ulisses Freitas – percurso – H4 – 7º lugar

Goalball – Local: Centro de Convenções da Porta de Versailles
Brasil 5 x 3 China – masculino – bronze
Brasil 0x6 China – feminino – 4º lugar

Judô – Local: Arena do Campo de Marte 
Rosicleide Andrade x Rocio Ledesma Dure (Argentina) – categoria até 48kg – J1 – bronze
Elielton Oliveira x Kapil Parmar (Índia) – categoria até 60kg – J1 – eliminado
Thiego Marques 0x10 Ishak Oldkouider (Argélia) – categoria até 60kg – J2 – eliminado

Halterofilismo – Local: Paris Expo Porte de Versailles  
Maria Rizonaide – categoria até 50kg – 6ª colocada

Natação (finais) – Local: Arena La Défense
Samuel Oliveira – 50m livre (S5) – 5º lugar
Talisson Glock – 100m livre (S6) – prata
Daniel Mendes – 100m livre (S6)  – 6º lugar
Carol Santiago – 100m peito (SB12) – prata
Cecília Araújo – 50m livre (S8) – prata
Revezamento 4×50 medley – 20 pontos – 4º lugar

Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Foto: Alexandre Schneider/CPB / Olimpíada Todo Dia

Brasil conquista no mínimo nove pódios por dia nas Paraolimpíadas de Paris

O time brasileiro já conquistou mais de 50 medalhas na competição

O Brasil conquistou mais nove medalhas no dia 4 de setembro, nas Paraolimpíadas de Paris. Entre as conquistas estão atletismo, Halterofilismo e Natação. Confira como foi:

Atletismo

O velocista maranhense Bartolomeu Chaves garantiu pela primeira vez o pódio nas Paraolímpiadas nos 400m da classe T37 (paralisados cerebrais para andantes). Ele foi medalha de prata no Stade de France, local das provas de atletismo.

“Dei tudo o que tinha, tudo mesmo. Estava com o joelho inflamado na aclimatação, mas com a ajuda do pessoal do CPB conseguimos melhorar e correr para conseguir essa medalha. Senti um pouco na reta, as pernas pesaram, mas no final deu certo”, disse Bartolomeu.

O paraibano Ariovaldo Silva o Parré, conquistou sua primeira medalha em Jogos ao levar o bronze nos 100m classe T53, destinado aos atletas que competem em cadeiras de rodas, com o tempo de 15s08. O saudita Abdulrahman Alqurashi levou o ouro com o tempo de 14s48, seguido pelo tailandês Pongsakorn Paeyo, que fez o tempo de 14s66.

A paulista Verônica Hipólito conquistou o bronze nos 100m classe T36 (paralisados cerebrais) com o tempo de 14s24. O ouro ficou com a chinesa Yiting Shi, com o tempo de 13s39, e a neozelandesa Danielle Aitchison ficou com a prata, com o tempo de 13s43. Outra brasileira envolvida na disputa, a baiana Samira Brito foi desclassificada por queimar a largada.

A amapaense Wanna Brito conquistou sua primeira medalha em Paraolímpiadas. Ela levou a prata no arremesso de peso F32, destinada a paralisados cerebrais que competem sentados, com a marca de 7,89m, novo recorde das Américas.

O ouro ficou com a campeã paralímpica de Tóquio, a ucraniana Anastasiia Moskalenko, com a marca de 8,00m, novo recorde mundial. O bronze ficou com Evgeniia Galaktionova, dos Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), que fez 7,72 m.

Halterofilismo

Na estreia do halterofilismo das Paraolimpíadas de Paris 2024, a mineira Lara Lima ficou com o bronze na categoria até 41kg, na Arena La Chapelle. A brasileira suportou 109 kg no supino e ficou atrás da chinesa Zhe Cui, que bateu o recorde paralímpico da prova com 119 kg, e da nigeriana Esther Nworgu, prata com 118 kg levantados.
Esse foi o primeiro pódio Paraolímpico de Lara. No último Mundial da modalidade, ela também ficou em terceiro lugar na mesma disputa. Ela bateu o recorde das Américas, que era da própria Lara, com 107kg levantados em Tbilisi, na etapa da Copa do Mundo da Geórgia, em junho.

Natação

A nadadora pernambucana Carol Santiago voltou à Arena La Defense e conquistou sua terceira medalha de ouro em Paris 2024, desta vez na prova dos 100m livre, da categoria S12 (deficiência visual). Assim, ela ampliou sua marca de mulher brasileira com mais medalhas douradas em Jogos, com seis no total.
Carol Santiago venceu a prova com o tempo de 59s30, superando a ucraniana Anna Stetsenko, que completou a prova em 1min00s39 e ficou com a medalha de prata. A japonesa Ayano Tsujiuchi fez o percurso em 1min01s05, e ficou com a medalha de bronze, completando o pódio.
A mineira Patrícia Pereira conquistou a medalha de prata na final dos 50m peito S3 (limitações físico-motoras). Patrícia fez o tempo de 58s31 e ficou atrás somente da italiana Monica Boggioni, com 53s25. Essa é a terceira medalha de Patrícia em Jogos, a primeira em uma prova individual. Antes, havia sido prata nos 4x50m livre 20 pontos no Rio 2016 e bronze no mesmo revezamento em Tóquio 2020.
A fluminense Marina Gesteira conquistou a medalha de bronze na final dos 100m livre S9 (limitações físico-motoras). Ela fez o tempo de 1min02s22 e ficou atrás da norte-americana Christie Crossley (1min00s18) e da australiana Alexa Leary (59s53, novo recorde mundial). Essa é a terceira medalha de Gesteira em Jogos, a segunda em Paris. A primeira foi também um bronze na mesma prova em Tóquio 2020. Já a segunda veio nos 100m costas S9.

Confira os resultados de 4 de setembro dos brasileiros:

Atletismo – Local: Stade de France
Eduardo Pereira – lançamento de dardo (F34) – 8º colocado
Bartolomeu Chaves – 400m (T37) – prata
Suzana Nahirnei – arremesso de peso (F46) – 5ª colocada
Jessica Giacomelli – 100m (T54) – não se classificou para a final
Marcos Vinícius Oliveira – 400m (T12) – não se classificou para a final
Verônica Hipólito  – 100m feminino (T36) –  bronze
Samira Brito – 100m feminino (T36) – desclassificada
Ariosvaldo Fernandes – 100m masculino (T53) – bronze
Clara Daniele– 100m (T12) – não se classificou para a final
Viviane Ferreira Soares – 100m (T12) – não se classificou para a final
Lorraine Aguiar – 100m (T12) – não se classificou para a final
Giovanna Boscolo  – arremesso de peso (F32) – 9ºlugar
Wanna Brito – arremesso de peso (F32) – prata

Ciclismo de estrada – Local: Clichy-sous-Bois
Carlos Alberto Soares – contra relógio – C1 – 7º colocado
Sabrina Custódia – contra relógio – C2 – 15ª colocada
Mariana Garcia  – contra relógio – H3 –8ºlugar
Jady Malavazzi – contra relógio – H3 –4ºlugar
Lauro Chaman – contra relógio – C5 – 4º colocado
Ulisses Freitas – contra relógio – H4 – 11º lugar

Halterofilismo – Local: Paris Expo Porte de Versailles  
Lara Lima – categoria até 41kg – bronze

Hipismo – Local: Chateau de Versailles
Rodolpho Riskalla – individual grau V – 7º lugar

Natação

Carol Santiago  – 100m livre (S12) ouro
Lucilene Sousa – 100m livre (S12) 6º lugar
Lídia Cruz – 50m peito (SB3) – 6º lugar
Patrícia Santos – 50m peito (SB3) – prata
Mariana Gesteira – 100m livre (S9) – bronze
Revezamento 4×100 livre misto – 49 pontos –(Matheus Rheine, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago) – prata

Tênis em cadeira de rodas – Local: Roland Garros
Leandro Pena e Ymanitu Silva x Donald Ramphadi e Lucas Sithole (África do Sul) – quad duplas – 4º lugar

Com informação do Comitê Paralímpico Brasileiro

Crédito: Wander Roberto/CPB

Brasil conquista dois ouros, duas pratas e seis bronzes nas Paraolimpíadas de Paris

Os paratletas que subiram ao podium são do atletismo, natação e tênis de mesa

Com excelente desempenho e chuva de medalhas na Paraolimpíada de Paris, o Brasil conquistou 10 pódios, no dia 3 de setembro. Confira:

Atletismo

O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques conquistou o ouro e o paulista Júlio César Agripino o bronze nos 1500m da classe T11 (deficiência visual). Yeltsin fez o tempo de 3min55s82, quebrando os recordes mundial e paralímpico que eram dele mesmo, obtido nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 com 3min57s60. Júlio completou o percurso em 4min04s03. A prata ficou com o etíope Yitayal Yigzaw, que correu em 4min03s21.
“Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5000m. Mas nos 1500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados”, disse Yeltsin.
Ele conquistou sua quarta medalha paralímpica em Paris, somando aos dois ouros em Tóquio 2020, um nos 5.000m e outro nos 1.500m, ambos na classe T11. O paratleta ganhou o bronze em Paris nos 5000m, prova em que Júlio Agripino foi ouro.
No lançamento de dardo, a baiana Raissa Machado conquistou a prata na classe F56 (competem sentados). Ela lançou em 23,51m e ficou atrás somente dos 24,99m de Diana Krumina, da Letônia. Essa é a segunda medalha de Raissa em Jogos. Em Tóquio 2020, ela também foi prata na mesma prova. No Mundial de Kobe 2024 ela conquistou a medalha de ouro.
“Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles (nos Jogos Paralímpicos de 2028)”, disse Raissa.
A acreana Jerusa Geber conquistou a medalha de ouro na final dos 100m T11 (deficiência visual). Ela fez 11s83. Foi a primeira medalha de ouro de Jerusa em Jogos. Ela havia batido o recorde mundial da prova nas semifinais quando correu em  11s80  nesta segunda-feira, 2. Outra brasileira envolvida na disputa, a paranaense Lorena Spoladore chegou em terceiro lugar e ficou com a medalha de bronze, com o tempo de 12s14.
A maranhense Rayane Soares conquistou a medalha de prata na final dos 100m T13 (deficiência visual), com o tempo de 11s78. Estabeleceu o novo recorde das Américas, que até então era o que havia feito nas eliminatórias. Foi também a primeira medalha paralímpica de Rayane na carreira. Outra brasileira envolvida na disputa, a sul-mato-grossense Gabriela Mendonça completou a prova na sexta colocação, com 12s67.
O rondoniense Mateus Evangelista conquistou a medalha de bronze na final do salto em distância T37 (paralisados cerebrais). O salto que lhe garantiu o pódio foi em 6,20m, o seu melhor na temporada. Foi a terceira medalha de Evangelista em Jogos, que também havia sido bronze na mesma prova em Tóquio 2020. Ele também soma uma prata no Rio 2016.

Natação
A carioca Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze nos 100m costas S9, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 1min09s27. O ouro ficou com a americana Christie Raleigh-Crossley (1min07s92) e a prata com a espanhola Nuria Marques Soto (1min09s24).
A Mayara Petzold conquistou a medalha de bronze nos 50m borboleta S6, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 37s51. As chinesas Yuyan Jiang (35s03) e Daomin Liu (37s10) ganharam ouro e prata, respectivamente.

Tênis de mesa
A catarinense Bruna Alexandre conquistou a medalha de bronze nas disputas individuais da classe W10 (andantes) do tênis de mesa, na Arena Paris Sul. O resultado veio com uma derrota na semifinal para a australiana Qian Yang por 3 sets a 2 (6/11, 11/3,  9/11, 11/9 e 11/3).  A adversária havia sido algoz de Bruna nos Jogos de Tóquio 2020, ocasião em que Bruna ficou com a prata.
Esta foi a segunda medalha de Bruna nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ao lado da também catarinense Danielle Rauen, ela também foi bronze nas duplas WD20. Bruna é a maior medalhista brasileira da modalidade, com seis pódios ao todo.  A mesatenista também disputou os Jogos Olímpicos de Paris em 2024 e se tornou a primeira atleta com deficiência a participar dos dois eventos em um mesmo ciclo.

Veja como ficaram os resultados dos brasileiros no dia 3 de setembro:

Atletismo – Local: Stade de France
Raissa Machado – lançamento de dardo (F56) – prata
Júlio César Agripino – 1500m (T11)  bronze
Yeltsin Jacques – 1500m (T11) – ouro
Bartolomeu Chaves – 400m (T37) –
Izabela Campos – lançamento de disco (F11) – 4ª colocada
Aline Rocha – 1500m (T54)- 9ª colocada na final
Fernanda Yara e Maria Clara Augusto – 100m (T47)
Antônia Keyla – 400m (T20) – final – 7º lugar
Jerusa Geber -– 100m (T11) –  ouro
Lorena Spoladore – 100m (T11) – final –bronze
Gabriela Ferreira 100m (T13) – final – 6 lugar
Rayane Soares 100m (T13) – final – prata
Mateus Evangelista – salto em distância (T37) – bronze
Maria Clara Augusto – 100m (T47) – final – 7º lugar
Samuel Conceição – 400m (T20) – 5º lugar
Daniel Martins – 400m (T20) – 7º lugar

Natação (finais) – Local: Arena La Défense
Victor Almeida dos Santos – 100m costas (S9) – 5º lugar
Mariana Gesteira – 100m costas (S9) – bronze
Gabriel Melone – 50m borboleta (S6) – 5º lugar
Mayara Petzold – 50m borboleta (S6) – bronze
Samuel Oliveira – 50m costas (S5) – 4º lugar
Carol Santiago – 200m medley (SM13) – 5º lugar

Tênis de mesa – Local: Arena Paris Sul
Bruna Alexandre 2×3 Qyan Yang (Austrália) – WS10 – bronze

*Com informações da Comitê Paralímpico Brasileira

Foto: Wander Roberto/CPB / Esporte News Mundo

Paraolimpíadas: Brasil conquista 11 medalhas inéditas num dia só em Paris

Os brasileiros do atletismo, natação e Badminton brilharam na capital francesa

 

O Brasil conquistou 11 medalhas nas Paraolimpíadas de Paris 2024, apenas nesta segunda-feira, no dia 2 de setembro. Foram 4 ouros, 4 pratas e 3 bronzes neste começo de semana.

Atletismo

A paulista Beth Gomes  conquistou o bicampeonato paralímpico no lançamento de disco. Em Tóquio, ela foi campeã na classe F52. Agora, na F53. (ambas para atletas que competem sentados). Ela venceu a prova com a marca de 17,37m, no Stade de France, estabelecendo o novo recorde da competição — que era de 15,48m. Esta é a segunda medalha de Beth nos Jogos de Paris 2024. Também nesta segunda-feira, porém nas provas realizadas pela manhã, a atleta conquistou a medalha de prata no arremesso de peso ao atingir a distância de 7,82m, recorde mundial na classe F53.

O mineiro Claudiney conquistou seu tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56 (que competem sentados). Ele venceu a prova com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico.
O gaúcho Aser Ramos conquistou a prata, com 5,76m no salto em distância da classe T36 (paralisados cerebrais). O ouro ficou com Evgenii Torsunov (Atletas Paralímpicos Neutros), com 5,83m, e o bronze foi para o ucraniano Oleksandr Lytvynenko (5,76m).

 

O paranaense Vinícius faturou a medalha de bronze na final dos 100m T63 (amputados de membros inferiores com prótese) ao completar a prova em 12s10, apenas quatro centésimos do medalhista de ouro, o norte-americano Ezra Frech. Foi o melhor tempo do ano do brasileiro.

Natação

O nadador mineiro Gabriel Araújo, 22, o GAbrielzinho, venceu a prova dos 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras), e alcançou a sua terceira medalha de ouro nas Paraolimpíadas de Paris. Ele terminou a prova com o tempo de 3min58s92. Vladimir Danilenko (Atletas de Países Neutros) ficou com a medalha de prata (4min14s16), e o chileno Claudio Abarza completou o pódio (4min22s18). O brasileiro marcou o recorde das Américas.

O brasileiro já havia vencido as provas dos 100m e 50m costas, também da classe S2. Além disso, ele quebrou o próprio recorde mundial na prova dos 150m medley (S1, S2 e S3). Por se tratar de uma prova multiclasses, Gabrielzinho competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto.

A nadadora pernambucana Carol Santiago   se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história Paraolímpica. Ela faturou a prova dos 50m livre S12/S13, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris, a quinta no geral – uma a mais que Ádria Santos, que tem quatro.

“Isso (recorde) significa muito para mim, significa que a gente, com toda a dedicação que a gente teve, a gente conseguiu chegar nesse nível, né? E isso é grandioso demais, eu acho que isso vai ficar, vai ficar toda essa força, toda essa dedicação que a gente tem, esse sonho realizado, para que os novos atletas que estão chegando, para que as crianças possam ver nisso um caminho, que é simples. Eu estou todo dia ali, treinando no Comitê Paralímpico Brasileiro, todo dia ali”, disse a campeã paralímpica.

As irmãs paranaenses Debora Carneiro e Beatriz Carneiro subiram ao pódio com prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito classe SB14 (deficiência intelectual). Até aqui, o Brasil tem 14 medalhas na natação em Paris. São 5 de ouro, 3 de prata e 6 de bronze.

Badminton

O paranaense Vitor Tavares conquistou a inédita medalha de bronze no badminton, ao derrotar por 2 a 1 Man Kai Chu, de Hong Kong, com parciais de 23/21, 16/21 e na classe simples SH6 (classes funcionais de baixa estatura).
Vitor passou da fase de grupos e ganhou do americano Miles Krajewski por 2 a 0 (21/15 e 21/15) nas quartas de final. Na semifinal, ele foi derrotado pelo francês Charles Noakes por 2 a 0 (21/18 e 22/20), mas ganhou o bronze inédito.

Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o badminton no colégio. Ele foi convidado para a modalidade por um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento.

Antes do bronze, Vitor terminou em quarto nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e ganhou medalha de bronze no individual e prata nas duplas no Mundial de badminton em Tóquio 2022.

 

Foto: Ana Patrícia Almeida/CPB

 

Tênis de mesa paraolímpico brasileiro conquista bronze com Cátia e Joyce

As mesa-tenistas só começaram a jogar juntas na metade do ano passado

A primeira medalha brasileira no tênis de mesa das Paraolimpíadas de Paris foi conquistada na classe WD5 (para cadeirantes), pela dupla Cátia Oliveira e Joyce Oliveira. As mesa-tenistas terminaram a disputa com a medalha de bronze. Cátia já havia ganhado bronze, em Tóquio 2020.

A dupla conseguiu chegar até as semifinais do torneio, mas sofreu derrotadas das sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon. Diferentemnete da Olimpíada Na regra paraolímpica da modalidade não tem uma partida decisiva pela disputa do bronze, sendo que os atletas que perdem a semifinal garantem o terceiro lugar do pódio.

Apesar de terem o mesmo sobrenome, as duas paratletas são apenas amigas e só começaram a jogar juntas na metade do ano passado, pois Joyce era da classe 4 e mudou de categoria. Depois disso, nos Jogos Parapan-americanos elas foram campeãs em Santiago.

Foto:  REUTERS/Kacper Pempel

Delegação brasileira se destaca na Champs-Élysées na abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024

A maior delegação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos desfila em Paris

 

A delegação brasileira se apresentou na cerimônia de abertura na Paraolimpíadas Paris de 2024, que também se diferenciou por ser fora de um estádio, no dia 28. Os brasileiros caminharam pela famosa avenida Champs-Élysées até a Place de la Concorde, sendo o 21° país a entrar no percurso com Gabriel Araújo (natação) e Beth Gomes (atletismo) como porta-bandeiras.

A avenida foi recapeada para melhor acessibilidade aos cadeirantes e vários atletas realizaram um sonho ao entrar na Champs-Élysées. O uniforme brasileiro na cerimônia de abertura foi um bucket nas cores verde e amarelo, uma jaqueta azul, uma camiseta branca, uma calça ou shorts azul marinho e chinelos. Todo o traje foi confeccionado pensando no conforto e acessibilidade.

Nestes Jogos, 280 atletas estão representando o Brasil em Paris. Nunca houve uma delegação brasileira tão grande já anunciada para uma edição. Empolgados, os esportistas vibraram durante todo o percurso, mostrando a animação brasileira pela cidade francesa.

Foto:  Alessandra Cabral/CPB / Lance!

Nadadora Edênia Garcia é a brasileira com mais participações em Paraolimpíadas

Ela enfrentou grandes desafios antes de se tornar a única representante da delegação brasileira a atingir a marca de seis participações na história da competição

 

A nadadora cearense Edênia Garcia, que tem 37 anos, participa de Paraolimpíadas há 20 anos. Ela foi medalhista de prata nos 50m costas logo na sua primeira participação, em Atenas 2004. Desde então, a paratleta esteve em todas as quatro edições do megaevento, indo também para Pequim 2008, Londres 2012, Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020. Com isso, a esportista subiu ao pódio competindo na mesma prova em que obteve sua medalha na Grécia mais duas vezes. Na China terminou a disputa com o bronze e na Inglaterra voltou a conquistar uma prata.

Mesmo com tantas participações no currículo, a ida para a competição que se inicia dia 28 de agosto, foi especial para a paratleta. Edênia contou ter enfrentado grandes desafios para conquistar sua vaga e se tornar a única representante da delegação brasileira presente na França a atingir a marca de seis participações na história da competição.

“Foi uma convocação muito esperada, mas talvez a mais difícil de todas. Porque foi preciso alcançar um índice técnico para estar nos Jogos no mês de maio e eu estava nadando muito próxima a ele nesse período de obtenção de marcas, o que era arriscado. Além disso, a pandemia de coronavírus me fez desenvolver uma fobia social que afetou parte do ciclo de Paris. Tive de enfrentar meus maiores fantasmas. Em algumas competições muito fortes, eu sentia meu coração acelerar e ficava com muito medo. Precisei dar alguns passos para trás, tratar com ajuda da psicologia para me entender melhor. Passei a dar muito mais importância a conseguir unir o corpo e a mente e minhas marcas já estão melhores novamente”, contou a nadadora.

Segundo ela, a determinação para seguir nas piscinas veio da convicção de que ainda tem potencial de nadar bem e conseguir bons resultados. “Eu sabia que eu poderia estar em Paris. Não encaro como um desafio. Penso que a natação é algo natural para mim e também é um tratamento para minha condição física. Faço o que eu amo, trabalho com o que mais gosto e ainda estou cuidando da minha qualidade de vida”, afirmou a nadadora, que nasceu com doença de Charcot-Marie-Tooth, condição degenerativa que afetou os movimentos dos seus membros inferiores.

Conquistada a vaga para seguir na Seleção Brasileira, Edênia afirmou que chegará em Paris com expectativa de conseguir um pódio em sua prova favorita, os 50m costas, na classe S3 (comprometimento físico-motor). “Acredito que eu possa brigar por uma medalha de prata, porque minhas adversárias têm tempos que eu já fiz. Mas o principal é nadar bem. Porque eu não busco só minha medalha. Represento toda uma comunidade de pessoas com deficiência, de mulheres com deficiência. Caio na piscina representando uma causa e muitas pessoas”, disse a paratleta, que também irá nadar os 100m livre na capital francesa.

Na sua avaliação, a principal transformação ocorrida no Movimento Paraolímpico nos últimos 20 anos foi o desenvolvimento técnico dos atletas, brasileiros e estrangeiros. “Temos um critério técnico muito rigoroso para chegar aos Jogos Paraolímpicos. Isso garante que a Seleção irá levar os melhores atletas que a gente tem. Ao mesmo tempo, o Movimento Paraolímpico continuou disseminando mensagens de empoderamento, inclusão, identidade e acolhimento. Conseguimos manter esse legado ao longo de todos esses anos”, afirmou.

Edênia contou que o momento mais especial em sua trajetória nos Jogos até aqui foi a conquista da medalha de prata nos 50m costas em Londres 2012. “Eu fui reclassificada no início dos Jogos para a classe S5, o que me faria competir com nadadoras com limitações menores que a minha e isso acabaria com minhas chances de medalha. O Brasil protestou, pediu uma reavaliação, e, horas depois, cancelaram minha reclassificação e cheguei ao pódio. Ali foi uma emoção muito grande. Consegui manter o foco apesar de ter chorado muito antes da prova e nadei muito bem, vivendo uma situação estressante”, contou.

Mesmo depois de tantas disputas, a cearense afirma que não ter planos definidos sobre até quando competir nem descarta uma convocação para mais edições de Jogos no futuro. “Se eu seguir bem, vou continuar. Vou sentir meu corpo e, se eu estiver feliz na piscina, posso ir aos Jogos novamente. É preciso estar feliz, ou não se nada rápido.

De Pequim a Paris

Além de Edênia, que embarca para sua sexta edição de Jogos, a delegação brasileira conta com atletas veteranos que, em Paris, chegarão a sua quinta edição do megaevento.

Um dos veteranos, o pernambucano Phelipe Rodrigues, também é atleta da natação, da classe S10 (comprometimento físico-motor). O nadador irá competir com 34 anos, após já ter participado de quatro edições dos Jogos. Conquistou o bronze nos 50m livre nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020; prata nos 50m livre, no revezamento 4x100m livre, bronze nos 100m livre e no revezamento 4x100m medley nos Jogos do Rio 2016; prata nos 100m livre nos Jogos de Londres 2012; e prata nos 50m livre e nos 100m livre dos Jogos de Pequim 2008.

No atletismo, a Seleção contará com a acreana Jerusa Geber, de 42 anos, da classe T11 (deficiência visual), que também vai para a sua quinta edição. Ela chega ao megaevento após já ter conquistado medalhas de bronze nos 200m nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020; prata nos 100m e nos 200m nos Jogos Paraolímpicos Londres 2012; e bronze nos 100m nos Jogos de Pequim 2008. Não subiu ao pódio somente no Rio-2016.

No futebol de cegos, o Brasil conta com dois tetracampeões, que fazem parte da equipe principal desde Pequim 2008: o gaúcho Ricardo Alves, 35, o Ricardinho, e o baiano Jefferson Gonçalves, 34, o Jefinho.

No goalball, o potiguar Romário Marques, 35, também chegará a sua quinta participação nos Jogos, acumulando uma medalha de prata em Londres 2012, um bronze no Rio 2016 e o ouro de Tóquio 2020, ficando fora do pódio somente em Pequim 2008.

Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Foto: Alessandra Cabral/CPB

Com apenas 16 anos, Vitinho é o brasileiro mais jovem na Paraolimpíada

O nadador compete na classe S9 (limitação físico-motora) nos 100 m costas

 

Victor dos Santos Almeida, que é mais conhecido como Vitinho, tem 16 anos e é o atleta brasileiro mais jovem da delegação nas Paraolimpíadas de Paris. Ele nasceu com má-formação no fêmur direito e tem a perna na altura do joelho esquerdo. Por orientação médica o paratleta começou a nadar aos três meses, quando começou a usar próteses.

Na academia onde os pais o matricularam, ele participou da primeira competição mirim com apenas cinco anos e, na época, já percebeu que gostava do esporte aquático. Entre os anos de 2018 e 2021, Vitinho integrou a base da seleção brasileira de natação paralímpica. Em junho deste ano, o paratleta já fez bonito na França, onde competiu no World Swimming Series, conquistando um ouro e duas pratas.

Para a família, a notícia sobre a má-formação no fêmur foi difícil, mas também permitiu que buscassem a melhor forma de garantir sua autonomia para todas as atividades, fosse nos treinos para as competições ou fora da piscina. Atualmente, Vitinho conta com próteses provisórias desenvolvida pela Ottobock, com pé e joelho mecânicos adaptados, que se encaixam em sua perna com má-formação. Além disso, o nadador também conta com uma prótese definitiva à prova d’água.

Na sua trajetória paralímpica, Vitinho, que vai competir na classe S9 (limitação físico-motora) nos 100 m costas, se inspira em Michael Phelps e Daniel Dias, sendo o brasileiro sua maior referência. Em suas comemorações em Paris, ele promete imitar a clássica comemoração do jogador Cristiano Ronaldo, de quem é fã.

Apesar de sua juventude, o nadador já tem um currículo de peso no esporte: ouro nos 100 m costas, prata nos 50 m borboleta e bronze nos 200 m medley e 400 m livre nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ele também acumula vitórias no World Series México 2023 e no campeonato brasileiro do ano passado.

Foto: Instagram

Dupla bicampeã mundial de remo estreia em nova modalidade nas Paraolimpíadas de Paris

Jairo Klug e Diana Barcelos vão disputar a prova Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x), que é uma novidade na competição

 

A Seleção Brasileira de remo foi uma das primeiras a chegar à França para as Paraolimpíadas de Paris. Os remadores estão em solos franceses desde o dia 13 e estão hospedados na cidade de Troyes, a cerca de 160 km da capital francesa. Os treinos do remo, no entanto, acontecem em Mathaux, uma comuna próxima e também localizada na região de Aube.

A equipe é composta por sete atletas e um timoneiro, dos quais quatro participarão da sua primeira edição dos Jogos:  Alina Dumas, Erik Lima, Gabriel Mendes e Priscila Barreto. Outros dois atletas, Jairo Klug e Diana Barcelos, já participaram de Paraolimpíadas, mas, pela primeira vez no evento, vão disputar a prova Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x), na qual são bicampeões mundiais (2017 e 2018).

Até a edição de Tóquio 2020, a prova não fazia parte do programa dos Jogos. “Quando fomos bicampeões mundiais em 2018, tinha a expectativa de que ela entrasse nos Jogos de Tóquio. Não entrou. Mas, depois que veio o anúncio, eu fiquei muito feliz porque é uma prova que a gente consegue desempenhar bem. Temos um ótimo sincronismo na remada. Acredito que conseguiremos um bom resultado”, disse o paulista Jairo, 40, do clube Pinheiros-SP, que era remador do convencional, com participação no Pan do Rio 2007, até sofrer um acidente de moto e ficar com monoparesia no membro superior esquerdo.

Jairo e Diana remam juntos desde 2017, ano do primeiro título mundial da dupla. Porém, como o Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x) não fazia parte dos Jogos Paralímpicos, eles passaram a treinar separados – até, também, pelo fato de morarem em cidades diferentes. Jairo mora em São Paulo e Diana, no Rio de Janeiro. Em Tóquio, eles compuseram o barco quatro com timoneiro brasileiro e ficaram fora da final principal.

Agora que disputará sua prova favorita, a carioca Diana afirmou estar confiante. “A expectativa é bem alta. Sabemos que outros países vêm fortes e que teremos uma competição acirrada. Por isso, estamos treinando pesado para enfrentar estas dificuldades. Eu e o Jairo temos uma amizade fora das águas também e acho isso importante para a remada fluir”, avaliou a remadora, 36, do Flamengo.

Em setembro de 2022, Diana fez dupla com Junior Silva no Mundial da República Tcheca e conquistou mais uma medalha, ade prata   – a única da modalidade durante o ciclo. Tal feito a credenciou para ser eleita a melhor atleta da modalidade no Prêmio Paraolímpicos da temporada retrasada, fato que se repetiu no ano passado.

Além da dupla bicampeã mundial e dos quatro estreantes, a Seleção de remo que representará o Brasil em Paris terá a atleta paulista Cláudia Santos, de 47 anos, que está pronta para competir em sua quinta edição da Paraolimpíada.

“Foi muito difícil chegar aqui. Eu fiz duas grandes cirurgias durante o ciclo. Achei que não iria me classificar, porque fiquei muito tempo parada. Mas eu queria vir. A minha insistência falou mais alto do que as dificuldades e consegui me classificar pelo Mundial do ano passado [ela ficou em sétima na prova single-Skiff (PR1 W1x)]. Eu me sinto preparada, pronta para chegar à final A e brigar por medalha”, analisou a remadora do Pinheiros, que foi atropelada em 2000, na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, e precisou amputar a perna direita por completo.

Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro

Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro

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